O Natal que ninguém merece, muito menos os cabenses

Em artigo publicado anteriormente, indagava a respeito do Natal da nossa cidade. Pois bem, peço desculpas por afirmar que o município, Cabo de St° Agostinho, a qual sou filho natural, não teria nenhuma festividade para a passagem do Natal. Mas ficam aqui algumas perguntas: o que é Natal? O que realmente se comemora nesse período? Qual o sentido e significado para esta data? Pelo que me lembro, até porque sou cristão, claro, sem querer ofender ou influenciar alguém, porém, pelo que aprendi tanto na igreja através da bíblia, como na escola no ensino infantil, que o Natal é uma das festas mais importantes do cristianismo, junto com a Páscoa e o Pentecostes. Ele celebra o nascimento de Jesus Cristo.
Então vejamos, se estamos em um período natalino para comemorarmos o nascimento do menino Jesus, o porquê de o nosso município não realizar eventos religiosos natalinos: como cantatas, cultos, árvores de natal, ações sociais que beneficiem famílias carentes com cestas de natal e distribuição de brinquedos para crianças carentes, situação a qual o nosso município não é isento. O porquê de não dar um benefício a mais para os funcionários municipais, os quais se desdobram dia a dia para desempenhar as suas funções.
Ao invés de vivermos o verdadeiro sentido do Natal, veremos mais um Natal passando em branco, e em seu lugar sendo antecipado o carnaval fora de época promovido pela empresa Status Produções e a Prefeitura Municipal, nos dais 26 e 27 de dezembro.
Já não bastava o mês carnavalesco, agora teremos que doar ou omitir o Natal, como se não representasse nada para nós religiosos; seja evangélicos, católicos e de outros segmentos, que por meio da fé reconhece o nascimento do salvador.
Pelo que vejo, passamos a negar nossas crenças, valores e raízes, e o senhor prefeito quem o dera hein?! nascido em família cristã permiti que o Natal dos cabenses torne-se uma festa de salvador na Bahia. “O período que outrora trouxe a paz será convertido em guerra e esquecimento.” Assim será o nosso Natal: de farra, bebida e prostituição. Antigamente nós religiosos não víamos a hora de chegar esse período, justamente por saber que esse era o único momento do ano que poderíamos ter menos violência, prostituição e destruição. Mas o nosso Natal hoje não passa de uma festa qualquer e sem valor, o contrário do que deveria ser, relembrar o seu espírito de nascimento que dá sentido para viver.
Mas parece que pelo menos o Espírito do Natal surtiu efeito em alguma coisa. É que o bom dessa história, o então empresário Flavio Moura da Status Produções, e o senhor Prefeito Lula Cabral finalmente fizeram as pazes depois de perdurar longos anos de inimizade.
Após o empresário Flavio Moura ter sido usado pelo prefeito, na época deputado, foi massacrado e humilhado e o seu pedido de vice negado, a revolta do Flavio foi tanta que ser vice a todo custo foi a sua chama, com Jacó se uniu, a vitória não viu, mas a do Lula ele assitiu.
É justamente nessa rima, na qual não só muito bom, que usei para imaginar como o Natal é capaz de mudar tanto as pessoas e tal ponto. O empresário Flavio Moura após querer ser o vice de Cabral nas eleições de 2004, mesmo pela indicação e pedido de Cadoca – Dep. Federal, ex-aliado, isso não foi o suficiênte para que o, na época, Dep. Estadual Lula, aceitasse a solicitação, pelo simples fato de o empresário não representar nenhuma força política dentro do município, e naquelas circunstâncias precisaria de um vice de força e representatividade política, e que principalmente tivesse chances de atrair votos em Ponte dos Carvalhos e Pontezinha, porém esses atributos Moura não tinha, pois na vice apenas dificultaria o embate de uma eleição polarizada de Chico Amorim contra Cabral. Foi dessa revolta por ser descartado, depois de anos de fidelidade a Cabral que Moura colocou um ponto final na submissão aos seus caprichos, e assim surgiu o rompimento da velha amizade entre Flavio e Cabral, onde Moura para não ficar por baixo aceitou o desafio do ex-prefeito Jacó, para ser seu vice naquele ano, onde juntos disputaram o pleito no tudo ou nada das eleições de 2004, contra seu ex-manipulador e professor, como já sabemos, Flavio não aprendeu muito os ensinamentos, e sua nota foram mais de 30 mil votos à frente dos adversários Cabral e Amorim, obtendo um resultado mais que esperado, uma derrota amargante para um grupo fraco e despreparado. Foi aí que Moura viu que da política era preciso se afastar porque ser vice tinha que ralar.
Mas apesar dos pesares, das brigas, dos problemas e perseguições que Moura e sua empresa foram vítimas nesses 5 anos de mandato desse Governo totalitário, na pessoa do senhor Prefeito. Hoje o Espírito Natalino resolveu dar uma forcinha e resgatar a velha amizade de dois ex-amigos, que viraram inimigos e de ex-inimigos passaram a ser hoje novos grandes amigos, num ato lindo de se escrever, onde as diferenças foram deixas para trás e as ofensas perdoadas e esquecidas. E nada mais justo do que celebrar essa nova aliança a moda antiga dessa parceria: realizando um evento de massa, no caso esse chamado: “Cabo Fest 2009”, o qual marcará e será para comemorar e consolidar as velhas lembranças de outrora grandes campanhas, com grandes shows, super estruturas e muita grana.

Para finalizar, vale ressaltar que, o nosso Natal não será muito interessante até porque não haverá Natal, mas sim carnaval, mas não poderemos de esperar o novo ano que vem aí, que em sua política para as próximas eleições nos reserva muitas e muitas surpresas iguais à essas.

Espero que ao lê esse artigo, você possa ter o mesmo pensamento que eu, de que é preciso relembrarmos os velhos e queridos momento natalinos que estamos acostumados a comemorar. E que possa haver sim, as festas seculares, mas tudo no seu devido tempo, como diz a nossa bandeira: com ordem e decência.

Abraços a todos e que possamos resgatar o nosso Natal!